сряда, 26 февруари 2014 г.

Fórum da Unir

Este blog serviu de canal de comunicação durante a greve que derrubou um reitor corrupto. Como tal, o blog continua existindo enquanto arquivo da greve de 2011 e memória da experiência. 

Um novo blog, que pretende acompanhar as mudanças na UNIR depois da saída de Januário, é o Fórum da Unir. O propósito é outro, a cara é outra, os colaboradores serão outros.

Os interessados em construir este novo blog podem escrever para greveunir2011@gmail.com.

Resistimos, lutamos e com a greve triunfamos



No dia 23 de novembro os bravos estudantes e professores da Universidade Federal de Rondônia culminaram sua luta com a derrubada do professor José Januário de Oliveira Amaral do cargo de Reitor. Saudações a todos que permaneceram firmes e que enxergaram no caminho da combatividade a única maneira de lograr vitória.
José Januário, durante todo o período em que esteve na Administração Superior agiu de forma anti-democrática, aplicando autoritariamente todos os projetos devastadores do Governo Federal, que são responsáveis pelo caos que se instalou em várias universidades federais Brasil afora. Ele também se envolveu em esquemas obscuros e de acordo com o promotor do Ministério Público Estadual de Rondônia, Pedro Abi-Eçad, liderou uma organização criminosa. Em entrevista a revista VEJA, Abi-Eçad declarou que “Toda organização criminosa tem um líder. E o líder, nesse caso, era o reitor”.
O ex-REitor fez declarações a imprensa em que nos acusava de “bandidos, dignos de Urso Branco”, em uma frustrada tentativa de criminalizar e isolar o Movimento Estudantil. Mas as denúncias de corrupção em que está envolvido provam justamente o contrário! Não somos bandidos! Lutamos contra os bandidos, estes que exploram e roubam o povo acobertados pelo manto da democracia e da legalidade!
Lutamos de forma aguerrida por uma universidade pública de qualidade, que sirva ao povo trabalhador e não aos interesses de grandes empresas, grupos políticos ou interesses pessoais. Por isso não aceitamos os desmandos do professor Januário e levantamos a bandeira do “FORA JANUÁRIO!” até derrubá-lo. Que o Januário sirva de exemplo a todos os grupos que pretendam se apoderar da UNIR. Na UNIR não há espaço para corruptos, oportunistas, autoritários, demagogos, políticos eleitoreiros ou qualquer grupo dessa espécie, serão todos escorraçados de nosso meio. Avisamos também que não admitiremos que tentem se aproveitar desta luta para fins eleitorais ou de promoção pessoal.
Nesses 77 dias de greve e 56 dias de ocupação nos deparamos com grandes desafios. Permanecemos em um prédio sem energia (que foi cortada por capachos do ex-REItor, logo no primeiro dia), matamos um leão por dia para conseguirmos diesel para o gerador, alimentação para dezenas de pessoas, produtos de limpeza e etc. Fomos seguidos, vigiados, hostilizados e ameaçados diversas vezes. Foram noites sem dormir por conta da iminente ameaça de reintegração de posse e sabotagens afins. Mas tudo isso foi vencido pela organização, combatividade e resistência dos estudantes em luta.
Enfrentamos a repressão policial com grande clareza do papel do Estado, que é reprimir os que o desafiam e exigem tomar em suas mãos o futuro. Estudantes e professor foram presos, intimidados, agredidos e perseguidos, mas todos mantiveram a histórica postura dos que lutam. Ergueram as cabeças, imbuídos da certeza da consequência e justeza de sua luta.
Além de conquistarmos a vitória em nosso principal ponto de pauta, que era o afastamento do professor José Januário do cargo de REItor, driblamos sua tentativa de golpe ao dar posse a vice-reitora Maria Cristina e conseguimos montar uma mesa de negociação com o MEC que tem discutido todos os nossos pontos de pauta. Pretendemos arrancar do Governo Federal um por um dos nossos direitos!
Obrigamos o MEC a se posicionar e resolver os problemas causados pelo projeto demagógico de reforma universitária do governo federal, que tem como fundo o sucateamento das universidades e a privatização da educação.
Em nossas negociações com o MEC conquistamos direitos como:
Hospital Universitário: O MEC aportará os recursos financeiros necessários à IMPLANTAÇÃO do nosso HU.
Restaurante Universitário: O RU da UNIR, com capacidade de 1.000 lugares, foi uma conquista da greve. O orçamento destinado a construção e implementação do RU é de 4,5 milhões de reais, sendo que a licitação da empresa responsável pela obra será lançada até 02/12/2011.
Aquisição de novos livros para a biblioteca: Os departamentos deverão apresentar a administração uma lista com os livros necessários para cada curso.
Contratação de técnicos: Até o final do ano, de forma emergencial, o MEC e a Reitoria lançarão o Edital para a contratação de 27 servidores técnicos administrativos em nível superior (arquiteto; engenheiro elétrico, civil e mecânico) e 13 servidores técnicos administrativos em nível médio.
Laboratórios de Informática: O MEC está realizando a compra de novos equipamentos de informática nas próximas semanas. Para o próximo ano, o Campus de Porto Velho, que conta atualmente com apenas um laboratório de Informática, passará a contar com 4 laboratórios e cada Campus do Interior também terá um Laboratório.
Essas são apenas algumas das nossas conquistas. E as negociações continuam até que sejam atendidas as pautas de reivindicação de todos os cursos e campi da UNIR.
Vamos garantir nossa participação efetiva em todos os espaços e decisões da universidade. Permaneceremos de punhos erguidos! Nenhum direito a menos!
Esta vitória não é apenas dos estudantes, professores e técnicos da UNIR, é uma vitória do povo. Uma vitória da ciência, pesquisa, ensino e extensão. É a vitória do novo Movimento Estudantil, combativo e independente, exemplo para todas as universidades e escolas do país. Apresenta perspectivas para todos os outros movimentos populares, porque nesta greve, escolhemos o caminho da luta e não o da conciliação e neste caminho trilhamos até o triunfo. Este foi o primeiro passo para a construção de uma universidade verdadeiramente democrática, que produza ciência e técnica em prol do povo trabalhador.
Agradecemos a todo o povo de Rondônia e do Brasil. A todos que escreveram mensagens de força em seus carros, a todos que fizeram doações de dinheiro, alimentos ou diesel, a todos que nos defenderam quando fomos acusados de bandidos, a todas as organizações, entidades e sindicatos que enviaram notas de solidariedade, a todos que ajudaram a propagandear nossa luta através dos sites, blogs, muros e jornais impressos e televisionados. Agradecemos as mães e pais que apoiaram e hoje sorriem orgulhosos de seus filhos. Esta vitória só foi conquistada porque o povo está conosco e é nele que depositamos nossas esperanças de transformar esta sociedade, colocamos nossos braços a disposição de quem tem em suas mãos a história.


Fonte : Assessoria Autor : Assessoria



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Relatório da assembleia de hoje

RELATÓRIO DA ASSEMBLEIA DOS DOCENTES REALIZADA NO DIA 02/12/2011

Local: Auditório Paulo Freire

Horário: 8h

A assembleia dos professores determinou o fim da greve.

Aprovou a seguinte proposta de calendário acadêmico a ser encaminhado para o CONSEA. Antes, porém a PROGRAD deverá fazer proposta de ajustes referentes: feriados natalinos, rematrículas, matrículas e carnaval.

A referida proposta levou em consideração as atividades acadêmicas aos sábados e 64 dias letivos.
Reinício do semestre 2011.2 – 05/12/2011

No período de 24/12/11 a 30/03/12 os departamentos programarão as suas atividades acadêmicas, incluindo férias de seus professores.
Encerramento do semestre 2011.2 – 30/03/2012

Ficou ainda indicado que os cursos que não entraram em greve terão as aulas mantidas;
Os cursos que estiveram em greve e cujos professores ministraram aulas de modo a gerar prejuízo aos alunos serão invalidadas.

REUNIÃO DO COMANDO DE GREVE

Após a Assembleia da ADUNIR, o comando de greve reuniu e deliberou pelos seguintes encaminhamentos:

Confraternização na sede campestre da ADUNIR (03/12/11) – sábado a partir das 10h (todos devem levar pratos, talheres e bebidas). Haverá música ao vivo – Sandro Barcelar e Geoconda (Pirablue) estarão fazendo a melhor da MPB, haverá a participação do Binho e de outros artistas convidados;

Encerrar o Comando de Greve dos Docentes e criar o “FÓRUM PERMANENTE EM DEFESA DA UNIR”;

Manter o blog com o nome agora de “Fórum Permanente em Defesa da UNIR”

Elaboração do jornal “tabloide” com o histórico da greve – sob responsabilidade da comissão de comunicação e jornalista Paulo Ayres, apoio do Mario;

Acompanhar a gestão interina e discutir estratégia para a próxima gestão;

Próxima reunião: 07/12/11 - quarta-feira das 17h às 18h – Local: auditório Paulo Freire. Pauta: a) retirada de uma coordenação; b) aprovação de uma carta de agradecimento a ser encaminhada aos apoiadores do movimento.

Obs: formular convite à professora Maria Cristina (reitoria em exercício) para juntamente com a sua equipe se fazerem presentes à reunião a fim de se apresentarem.

Fim da Greve

Hoje pela manhã foi decretado o fim da greve na assembleia da ADUNIR.
Na reunião também foi definida uma proposta de calendário acadêmico que deverá ser votado no CONSEA.

Reinício do semestre: 05/12/2011
Término do semestre: 30/03/2012

O 1. semestre de 2012 iniciará dia 2/04/2012

Novos pró-reitores

Segundo o BS de ontem, 01 de dezembro de 2011, contamos com os seguintes pró-reitores:

Ivanda Soares da Silva (Planejamento, Desenvolvimento e Tecnologia)
Valdir Vegini (Pós-Graduação e Pesquisa)
Jorge Luiz Coimbra de Oliveira (Graduação)

Outros:

Paulo de Tarso Carvalho de Oliveira (Diretor de Administração de Serviços Gerais)
Carlos Alberto Tenorio de Carvalho Junior (Diretor do Núcleo de Tecnologia)
Cláudia Waléria Carvalho Mendes Macena (Chefe de Gabinete)

Por mais estranho que pareça, o Boletim mescla despachos da vice-reitora com despachos do reitor.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Deu no DOU

Finalmente a vacância do cargo de reitor em virtude da renúncia do Januário foi publicada no DOU.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Assembleia ordinária da ADUNIR na sexta

Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Rondônia – Adunir vai deliberar, em assembléia geral ordinária, convocada para o dia 02 (sexta-feira), sobre o fim da greve da categoria, que já ultrapassa 80 dias, e o calendário acadêmico da instituição, entre outros assuntos. A categoria paralisou as atividades para protestar contra irregularidades existentes na Unir e teve seus pleitos atendidos, uma vez que uma comissão do Ministério da Educação – MEC veio a Rondônia para investigar as denúncias.

Mais no site da ADUNIR.

A Desocupação

  A Reitora pró tempore Prof. Dra. Maria Cristina Victorino França recebeu ontem, dos alunos, as chaves do prédio da UNIR-Centro.


Em clima de muita alegria, o prédio foi entregue limpo e sem danos ao patrimônio público.
Mas teremos, ainda, muito trabalho para limpar os danos causados pela antiga administração.

O CONSEA se reunirá para definir o novo calendário da UNIR.
Nesta sexta-feira (2/12) teremos Assembleia Extraordinária da ADUNIR para deliberar oficialmente o fim da greve.

Os 300 da UNIR

E no Diário Oficial?

No DOU de hoje, 30 de novembro de 2011, constam despachos do Januário de 11 e 24 de novembro. Mas sua renúncia ainda não foi localizada no Diário Oficial.

Lembrando: Impressões Musicais

Hoje à noite acontecerá o show Impressões Musicais na escadaria da Reitoria para comemorar esses 76 dias de greve e 55 dias de ocupação da Reitoria, a renúncia do REItor, a posse da (vice) reitora, a desocupação tranquila da Reitoria, a participação de todos na luta contra a corrupção, o fim da greve e a volta ao ritmo normal da universidade.

A greve acabou

Fim da greve pelo UOL aqui.

Desocupação da Reitoria pelo G1 aqui.

Agradecemos a todos pela participação na greve e no blog! E que de agora em diante mantenhamos os olhos abertos e nos indignemos com o que não for lícito.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Folha sobre a posse da Cristina

Aqui.

Fim da greve à vista


Conselho acata renúncia de reitor e vice-reitora assume direção da Unir
Por Paulo Ayres


O Conselho Superior Universitário da Fundação Universidade Federal de Rondônia – Unir, esteve hoje (28.11) reunido extraordinariamente na sede da seccional rondoniense da Ordem dos Advogados do Brasil, para deliberar sobre a renúncia do reitor e posse dos novos membros do Conselho Superior Acadêmico, eleitos na última sexta-feira. O evento transcorreu sem incidentes e o auditório ficou completamente lotado por técnicos, professores e acadêmicos.

Após a abertura dos trabalhos, foi feita a leitura da carta de renúncia do professor doutor José Januário de Oliveira do Amaral (não se fez presente a reunião), do cargo de reitor da Unir. Colocado o assunto em apreciação e posteriormente em deliberação, a renúncia foi acatada por unanimidade.

Em seguida e por indicativo do comando de greve, a professora doutora Maria Cristina Victorino de França, atual ocupante do cargo de vice-reitora, teve seu nome aprovado para o cargo de reitora em exercício da Unir. No entanto, deverá ser aguardado a publicação do decreto de exoneração de Januário Amaral no Diário Oficial da União.

Vencida esta fase, a vice-reitora assume interinamente a direção da universidade pelo prazo de 60 (sessenta) dias. Neste período será procedida a eleição do novo reitor a ser referendado posteriormente pelo Conselho Superior Acadêmico com a composição de lista tríplice a ser encaminhada ao Ministério da Educação.

A vice-reitora da Unir é a professora doutora Maria Cristina Victorino de França. Ela possui graduação em Letras pela Universidade do Sagrado Coração (USC – 1981), em Bauru-SP, mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC - 1993) e doutorado pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR – 2002). Ela atua na área de Letras e Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: Língua Portuguesa, Formação de Professores, Alfabetização, Línguas Indígenas, Fonética, Fonologia e Morfologia.

O professor Adilson Siqueira do comando de greve dos docentes da Unir, disse hoje, que será realizada uma reunião nesta terça-feira às 9 horas no Campus auditório Paulo Freire (Br-364) para encaminhamentos e avaliação, e posteriormente solicitar da Associação dos Docentes da Unir, que marque com urgência uma assembléia para deliberar oficialmente sobre o fim da greve.

Reunião CONSUN

A UNIR já tem uma nova reitora.
Magnífica Prof. Dra. Maria Cristina Victorino França.
Presidente dos Conselhos da UNIR

Além disso os novos Conselheiros presentes na reuinão na OAB foram empossados.

PARABÉNS A TODOS NÓS.

Vejam mais informações na matéria do G1

Veja de olho na sucessão


Exoneração em massa

Todos os pró-reitores tiveram sua exoneração dos respectivos cargos publicada hoje no Boletim de Serviço.


Pró-Reitorias:
Dr. Francisco Estácio Neto (Infraestrutura)
Ms. Josenir Dettoni (Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis)
Dra. Juracy Machado Pacífico (Pós-Graduação e Pesquisa)
Dra. Aparecida Luzia Alzira Zuin (Gestão de Pessoas)
Dra. Valéria de Oliveira (Relações Internacionais)
Dr. Almeida Andrade Casseb (Graduação)
Ms. Joel Bombardelli (Planejamento, Desenvolvimento e Tecnologia)
Dr. Mauro Márcio de Paula Rosa (Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis)

Outros cargos:
Dra. Aparecida Luzia Alzira Zuin (Chefia de Gabinete)
Dra. Maria Luiza Lopes de Oliveira Santos (Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento)
Ms. Suzy Mara Aidar Pereira (Diretoria de Programas e Projetos)
Ms. José Roberto de Maio Godói (Prefeitura do Campus de Porto Velho)
Ms. Rosângela Aparecida Hilário (Coordenação do PARFOR e Chefia de Gabinete)
Antônio Lemos Régis (Diretoria de Assuntos Políticos e Acadêmicos)
Ms. Éderson Lauri Leandro (Assessoria da Reitoria)

Esquisitices:
A semióloga e jornalista Dra. Aparecida Luzia Alzira Zuin foi lotada no Departamento de Ciências Jurídicas.
O ex-prefeito do campus de Porto Velho foi lotado no Departamento de Educação Física.
O turismólogo/geógrafo concursado em Gestão Ambiental e lotado no Departamento de Arqueologia de PVH - Éderson Lauri Leandro - foi removido para Ariquemes, para o Departamento de Pedagogia (Maciel estará esperando de braços abertos).
Maria Madalena de Aguiar Cavalcante foi duplamente removida de Guajará-Mirim, do Departamento de Gestão Ambiental para Porto Velho, no Departamento de Geografia (será que o curso de Gestão Ambiental de Guajará vai fechar?).

Enfim, a carta!

Publicado em: 27/11/11
A Comunidade Acadêmica e a toda Sociedade Rondoniense

Venho diante da Comunidade Acadêmica e a toda Sociedade do Estado de Rondônia dizer que dediquei boa parte de minha vida à Universidade Federal de Rondônia com o sonho de construir e consolidadar esta instituição entre as melhores Instituições de Ensino Superior deste País. Iniciei minha vida nesta instituição como aluno; continuei como professor, pró-reitor, vice-reitor e reitor.


Viver é enfrentar desafios e estar no comando da UNIR sempre exigiu uma postura desafiadora de mantermos a rota para nosso crescimento e atendermos a explosiva demanda que o Estado de Rondônia sempre nos exigiu. A eterna luta de prepararmos o povo rondoniense. Para isso lutamos incansavelmente para qualificarmos o quadro docente, dinamizarmos a iniciação científica abrindo a oportunidade para nossos jovens estudantes praticarem, vivenciarem e produzirem o conhecimento científico. Em nosa instituição o Programa Nacional de Iniciação Científica sempre recebeu aporte institucional obtendo destaque de crescimento. Vários de nossos cursos tanto novos quanto antigos, da capital ou dos campi têm obtido resultados de destaque em programas avaliativos como o Exame da Ordem Unificado que certifica as faculdades de direito com o selo OAB, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) de 2009 e vários outros programas avaliativos. Iniciamos com grande êxito a pós graduação Stricto Sensu. Tomamos a iniciativa de implementarmos os Centros de Excelências em pesquisa. Somos parceiros nos processos de desenvolvimento de nosso Estado. Construirmos conjuntamente para a Universidade Federal de Rondônia, o respeito, a credibilidade e o espaço de reconhecimento no cenário nacional.


 Hoje, a UNIR passa por problemas que, infelizmente, fogem da minha alçada. Enfrentamos problemas estruturais, conjunturais  e ainda enfrentamos a dívida histórica que o estado brasileiro tem para com a sociedade no que tange o desenvolvimento do ensino superior e a produção científica. Eu e minha equipe de trabalho lutamos para que os procedimentos administrativos fossem realizados da melhor maneira possível.


Comungamos da necessidade imperiosa de vencermos as diversas dificuldades de infraestrutura para o  funcionamento de nossa IFE , que são históricas e datam de décadas de falta de investimentos e não somente das ações desta ou de  qualquer outra gestão isoladamente. No entanto, vejo a nossa universidade paralisada. Com pesar, enfrentamos a impossibilidade e a incapacidade do diálogo, o que trouxe junto a agressão, a desqualificação e a invasão de minha vida privada. Enfrentamos um duro processo político que se estabeleceu em diversas escalas. Injúrias, calunias, acusações e a perversidade da difamação. Mas sempre fui e sou humanista. Acredito na capacidade que o ser humano tem de renovar-se e de aprender com os processos históricos e de melhorar sempre. Sou e sempre fui democrático por compreender e atender as representações e pactos sociais.


Agradeço o trabalho constante, sério e competente de toda a equipe da Reitoria, Diretores de Campi e de Unidades Administrativas, dos Pró-Reitores e docentes diretamente ligados ao cotidiano da gestão. Quero expressar o meu sentimento fraterno a todos os técnicos- administrativos estendendo a cada um o meu abraço fraterno e pedindo sinceras e humildes desculpas por todos os momentos que motivados por minha angustia e velocidade das respostas utrapassei as regras formais de minha autoridade. Peço desculpas por cada gesto de impaciência que tive mesmo sabendo do pequeníssimo quadro de funcionários que temos, mesmo sabendo que cada um ofereceu o máximo de si e eu só posso dizer nesse momento que sempre lutei junto ao Ministério de Educação para ampliação de nosso quadro técnico para amenizar em nossa instituição a imensa carga de trabalho que cada um suportou e ainda suporta.


Conclamamos a todos os membros da Comunidade acadêmica que acreditam em tudo o que foi construído até agora a continuarem lutando, por uma Universidade que aumentou o número de professores doutores  e mestres, aumentou o número de cursos e alunos, intensificou a prestação de serviços à comunidade a não esmorecerem na ratificação cotidiana de uma agenda positiva para a UNIR. Em nosso ultimo ato de amor explicito pela UNIR, negociamos com o Ministério da Educação pagamento de uma dívida histórica para com a comunidade acadêmica: a contratação de 490 técnicos administrativos.


Este Reitor reafirma a sua convicta determinação de estar sempre ao lado da UNIR e daqueles que acreditam que se problemas existem, também existem as soluções quando se tem a disposição para o trabalho árduo e cotidiano.


Minha renúncia neste momento, não significa fuga da batalha nem tampouco o preservar de meu nome ou de minha integridade fisica e moral. A minha renuncia oportuniza a Universidade a qual dediquei minha vida não sofra mais do que está sofrendo. Deixo o cargo de reitor com serenidade e respeito para com meus pares. E, creio que a verdade e a justiça prevalecerão, haja vista que meus esforços sempre se voltaram para a administração pública eficaz, eficiente e ética; eis meu compromisso como servidor público desta Instituição Federal de Ensino Superior.


Aproveito ainda para reiterar e agradecer o apoio que, como Reitor, sempre me foi dispensado: aos docentes, técnico-administrativos e estudantes.















Fraternalmente,















Prof. Dr. José Januário de Oliveira Amaral 


Outra vez no Fantástico

Aqui.

domingo, 27 de novembro de 2011

Impressões musicais na quarta



No dia 30 de novembro, quarta-feira próxima, a partir das 19h, nas escadarias da Universidade Federal de Rondônia, acontecerá o evento artístico-cultural “Impressões musicais” que contará com a presença de vários compositores e intérpretes da cena local. Na ocasião, teremos a oportunidade de ver e ouvir a diversidade sonora que nos identifica: Bado, Beradelia, Binho, Bubu Johnson, Ceiça Farias, Duo Pirarublue, Elisa Cristina, Ninno Amorim e Soda Acústica. 

O público e a crítica reconhecem o trabalho por eles prestado à música feita na Amazônia e em outros brasis. E, considerando que os músicos que acompanham esses compositores e intérpretes são competentes e criativos, a noite vai ser boa.

O espetáculo resulta da iniciativa de um grupo de artistas que, reconhecendo a legitimidade da luta de professores e alunos por uma Universidade a serviço da população, acharam por bem manifestar solidariedade ao movimento, através da música que produzem. 

Para Bubu Johnson, a manifestação destaca a importância cultural que a UNIR tem para todos os segmentos da sociedade rondoniense. Como bem disse o poeta amazônida Tiago de Mello “A Universidade é o templo da vida”. Elevando o espírito de preservação da vida, da arte e das ciências que ajudam os homens a serem mais felizes, os músicos, compositores e intérpretes convidam a comunidade porto-velhense a prestigiar esta manifestação artística de natureza coletiva.

Os gêneros musicais são os mais diversos e essa diversidade torna a apresentação um caudal de culturas coexistentes que, de certo modo, representam a tendência que temos de ser uma grande Babel. Do carimbó regional ao pop urbano, corre de tudo em nossas veias abertas pela música do mundo. Somos daqui e de todos os lugares.
Alunos e professores da UNIR, em luta por um ensino público de qualidade, reforçam este convite a toda Porto Velho e estendem o chamado aos demais municípios do estado, onde funcionam os campi da Universidade Federal de Rondônia, para que venham prestigiar e conhecer a múltipla face musical de nossa gente. 
A comunidade acadêmica, lisonjeada com a iniciativa dos artistas, agradece o apoio neste momento de lutas e de conquistas fundamentais. Agradecimento que se estende a toda sociedade rondoniense.

Agendem o dia 30 de novembro, a partir das 19h, em frente a UNIR Centro, para participar com os artistas, alunos e professores desta festa de confraternização dos diferentes segmentos da sociedade que amam a Universidade e que lutam para que ela esteja cada vez mais viva no coração da nossa gente. Compareçam. Ficaremos felizes com suas presenças.

Serviço: O que é? Espetáculo musical “Impressões Musicais”. Quem 
é? Bado, Beradelia, Binho, Bubu Johnson, Ceiça Farias, Duo Pirarublue, Elisa Cristina, Ninno Amorim e Soda Acústica. Onde é? Na escadaria da Unir Centro. Quando é? Dia 30 de novembro, a partir das 19h.

sábado, 26 de novembro de 2011

Resultado extra-oficial das eleições a conselheiro no CONSEA

O resultado publicado anteriormente não estava correto. Pedimos desculpas e publicamos o resultado que em breve aparecerá no site da Adunir.

  1. Elizabeth A. L. Martines (295 votos)
  2. Petrus Luiz de Luna Pequeno (278 votos)
  3. Valdir Aparecido de Souza (272 votos)
  4. Carlos Luis F. da Silva (267 votos)
  5. Lúcia Rejane Gomes Silva (266 votos)
  6. Raitany Costa Almeida (264 votos)
  7. João Gilberto de Souza Ribeiro (242 votos)
  8. Paulo de Tarso Carvalho de Oliveira (237 votos)
  9. Marilsa Miranda de Souza (235 votos)
  10. Geraldo Luiz Francisco da Silva (225 votos)
  11. Edna Maria Cordeiro (163 votos)
  12. Ariveltom Cosme da Silva (161 votos)
  13. Julio Robson A. Gambarra (151 votos)
  14. Claudimir Catiari (149 votos)
  15. Santina Rodrigues Santana (147 votos)
  16. Karla Roberto Sartin (145 votos)
  17. Nayche Tortato Vieira (143 votos)
  18. Lara Cristina Cioffi (134 votos)
  19. José Otávio Valiante (129 votos)
  20. Leonardo Severo Luz Neto (116 votos)
  21. Maria do Carmo Santos (88 votos)
  22. Célio José Borges (79 votos)
  23. Fabrício M. de Almeida (60 votos)
  24. Eunice Luiza Johnson (32 votos)
  25. Miguel Joaquim Sant'Anna Filho (21 votos)
  26. Luciene B. da Silveira (19 votos)

Para uma nova UNIR

O reitor renunciou. Boas notícias virão em relação às eleições para representante do CONSEA.  Conforme as palavras do Ministro da Educação, a vice assumirá por 60 dias (mais ou menos) até que sejam convocadas novas eleições a Reitor. Está na hora de pensar quem vai ocupar esses cargos: reitor, vice e pró-reitores. Passamos por uma fase difícil, agora precisamos colocar a mão na massa para reconstruir essa universidade.

Documentário do Emergência MX

Comando de greve exige afastamento imediato de pró-reitores da Unir

Por Paulo Ayres
O comando de greve dos docentes da Unir esteve reunido ontem (sexta-feira) no auditório Paulo Freire (BR-364), para deliberar sobre a adoção de medidas estratégicas e necessárias, assim que o decreto de exoneração do professor doutor José Januário de Oliveira do Amaral, do cargo de reitor da  Fundação Universidade Federal de Rondônia, for publicado no Diário Oficial da União. O comando unificado (docentes e discentes) não aceita intervenção, golpe e exige o afastamento imediato de todos os pró-reitores.  

Os acadêmicos informaram durante a reunião que a desocupação do prédio da Unir-Centro somente acontecerá com a posse da vice-reitora no cargo de reitora pró-tempore. Foi informado que não existe qualquer tipo de depredação (dano) ao patrimônio (prédio e outros bens materiais), e que tudo será entregue da mesma forma de quando ocorreu a ocupação, e inclusive limpo.

O professor Adilson Siqueira do comando de greve dos docentes da Unir, manifestou seu repúdio ao golpismo, caso seja nomeado uma outra pessoa para o mandato tampão, desrespeitando e ignorando a sucessora natural e legal dentro da instituição, que é a vice-reitora, Professora Doutora Maria Cristina Victorino de França. “Isto será entendido como intervenção e isto não aceitamos”, observou. Com relação ao caso do diploma de doutora da vice-reitora, ele disse existir sentença judicial favorável, portanto esta questão está superada.

Foi repassado ao comando de greve que mesmo com a renúncia formal do reitor, uma série de atos estão sendo expedidos, inclusive nomeações de professores e técnicos administrativos. O professor Adilson Siqueira declarou que o comando de greve dos docentes da Unir, exige a destituição imediata de todos os pró-reitores.

Já com relação as declarações do reitor Januário Amaral que diz se sentir discriminado e perseguido por ser homossexual, o professor Petrus de Luna do Departamento de Engenharia, disse que em momento algum esta questão foi incorporada ao movimento grevista. “Sua relação homoafetiva é escolha pessoal dele. O que se combateu aqui foi a roubalheira e o crime organizado”, salientou.

O comando de greve dos docentes da Unir também se incorporou ontem, ao Movimento Unificado pela Ética e Contra a Corrupção, também integrada pelo Sindesef, Sintero, Sindler, Sindeprof, Andes, Singeperon, CTB, PSOL, PSB, PcdoB, e PDT. Destaca o manifesto do movimento: “A ética é o fundamento que orienta as pessoas para que possam ter uma vida digna e justa. A corrupção é um mal que se estabelece nas sociedades através de pequenos vícios, portanto não deve ser encarada como algo natural, mas sim um desvio de conduta adquirido através de maus exemplos. Tem como fruto a miséria, a falta de saúde, falta de educação, falta de moradia digna etc. Rondônia tem sido alvo de pessoas inescrupulosas que utilizam o serviço público em defesa de seus interesses pessoais. O movimento unificado pela ética e contra a corrupção espera que essa lamentável situação seja a base de uma reflexão mais profunda sobre os efeitos maléficos da corrupção visando a banir de nosso meio a longa e dolorosa tradição de apropriação indevida do aparato público.”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

G1 sobre a reunião do Conselho convocada pelo ex-reitor e as 16 investigações

Aluna de Cacoal desabafa

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AUTOCONTROLE

Está aí algo que tento aprimorar a cada dia que se passa na minha vida, mas está complicado...

Meu autocontrole foi testado ontem (24/11/11), no final da aula de Direito Administrativo I, com o Profº. Ms. Silvério dos Santos Oliveira (não se preocupem, caros colegas, com o nome aqui citado, pois tudo que será dito aproximadamente 40 acadêmicos (as) ouviram - nada além da verdade!).

A Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) vem se destacando por uma luta de discentes e docentes em prol de uma universidade digna e de direito. Como bem estampou a "mídia nacional" (não sou apegada a ela, mas vamos admitir que o fato é de relevância social), o Reitor José Januário de Oliveira do Amaral renunciou o cargo após quase 2 meses de ocupação da reitoria em Porto Velho/RO e greve há 70 dias pela classe universitária, devido reportagens mostrando as reais condições da UNIR, além de uma série de investigações sobre desvios de dinheiro público.

Ouvimos dizer: "o Reitor foi eleito democraticamente e não pode ser deposto do cargo" - deixem os "Caras-pintadas" ouvirem isso! O fato é que a pressão foi grande o suficiente para ser decretada a nossa vitória - quando a maioria clama é o bem maior a se fazer.

O professor citado acima, na referida aula, não sei por quais motivos e nem quero saber, disse que: 1) não foi o melhor a ser feito; 2) o prejuízo da paralisação foi enorme e alguém será responsabilizado; 3) provavelmente as atividades que foram realizadas até aqui serão canceladas; 4) devemos nos ater mais as qualidades do Reitor do que aos seus defeitos; 5) quem nunca errou, quem não possui um "pecadinho" que atire a primeira pedra.

Em suma, foram essas as palavras finais da aula do professor. Respeitando seu direito de se manifestar e o princípio da "presunção da inocência" do "Magnífico Reitor", venho aqui desabafar - tive autocontrole em sala de aula, mas aqui não dá pra segurar. Não que não tive coragem, pelo contrário, segurei-me! O problema é que são poucas as pessoas que possuem "dificuldades com o autocontrole" na minha turma e não seria "conveniente" um grito da minoria.

Segue abaixo minhas considerações sobre as falas do referido professor:

1) Óbvio que foi o melhor a ser feito. Independentemente da "presunção da inocência" de direito do Reitor, a MAIORIA da classe acadêmica pedia por isso. Só se mantém no poder quem o povo quer. Isso não é verídico e comprovado pela Constituição da República Federativa do Brasil?!

2) Como assim o prejuízo da paralisação foi enorme e alguém vai ser responsabilizado por isso?! Quer prejuízo maior do que mais de 10 anos de universidade em condições precárias?! Não me interessa se "prejudicaram" a imagem da UNIR e muito menos se alguns campi do interior estão em condições estáveis - o que interessa é que alguma coisa precisava ser feita frente ao descaso e ao abandono existente na UNIR.

3) A descentralização das atividades dos campi e os futuros acordos servem justamente para solucionar problemas referentes à paralisação. Não adianta querer causar alvoroço aos acadêmicos (as) que apoiavam a greve e a destituição do Reitor, mesmo sem terem paralisado as atividades acadêmicas, dizendo que as mesmas serão canceladas. Dizer isto juntamente com "alguém" vai ser responsabilizado pelos prejuízos causados é COAÇÃO.

4) Como assim se ater mais as qualidades do Reitor?! Sinto muito se os "pequenos defeitos" dele estão ascendendo ultimamente. Só não venha me dizer que aumento de vagas, duplicação da quantidade de cursos e aumento no quadro de professores são atos da "boa vontade" dele. Até onde sei são obrigações e determinações do Governo Federal.

5) Não se trata aqui de "erros" e/ou "pecados". Respeitando a "presunção da inocência", "suponhamos" então  que o "Magnífico Reitor" seja declarado culpado com sentença em trânsito julgado - vais dizer que ele errou?! Uma coisa é errar, outra é ter DESVIO DE CARÁTER!

Não preciso nem dizer o que me fez pensar nessa postagem, não é pessoal?! F-A-C-U-L-D-A-D-E

O porquê de tudo isso? InDIGnação. Eu reflito a minha vivência e as palavras do professor eram as que estavam mais próximas de tudo isso que tenho vivido nos últimos dias.

Isso sim é que é D-E-M-O-C-R-A-C-I-A! Viva a LUTA ESTUDANTIL!
VITÓRIA, VITÓRIA E VITÓRIA...

Também na Folha

A afirmação de que o reitor, segundo ele mesmo, foi vítima de homofobia está também na Folha.

No uol

Desde hoje pela manhã está, no portal da uol, uma série de reportagens sobre a greve.
A principal é essa:  "Federal de Rondônia tem laboratório de química que pode explodir e cadáveres presos em tanque há quatro meses"


Mas a melhor é a frase do prof. Januário.  "Quiseram me derrubar pelo fato de eu ser gay, afirma ex-reitor da Federal de Rondônia"

Caro ex-reitor, queríamos a sua saída da reitoria para acabar com os desmandos, para limparmos a Universidade das diversas denúncias de corrupção e má gestão. Queremos uma nova UNIR.

Por favor procure no blog algum caso de homofobia!

Depois de 67 dias de greve, quem primeiro mencionou publicamente a relação homoafetiva com Daniel Delani foi a reportagem do Fantástico.
Ao afirmar que "Nós nunca tivemos o custeio para fazer uma licitação e contratar uma empresa de limpeza e jardinagem pro campus.", o reitor desmente o Ministro da Educação, que constatou que o problema não é falta de verba.
Ao dizer que "Aquele laboratório [de Pesquisa de Biologia] nem existe do ponto de vista predial da universidade, ele não faz parte do patrimônio da universidade porque Furnas doou aquele laboratório ali, provisoriamente, e ele não foi incorporado ao nosso patrimônio.", o reitor explica por que abandonou o laboratório inflamável. Não seria função dele cuidar para que o laboratório fosse incorporado à UNIR? Ele esquece que foi o regente máximo da Universidade Federal de Rondônia?
Ao afirmar que "Você acha que o reitor tem que ir lá ao laboratório de anatomia pra ver se o formol está vencido, se o departamento de medicina nunca solicitou a compra de formol?", o reitor está fazendo papel de bobo.
Ao afirmar que “A greve [dos professores e estudantes] sempre foi política, nunca foi por melhoria de condições da universidade”, o reitor se contradiz e desmente todas as afirmações que ele já fez em público.
As ameças de morte sofridas por professores e estudantes em greve são interpretadas da seguinte maneira: "Isso é uma estupidez sem tamanho." É assim que um reitor zela pela segurança das pessoas ligadas à unievrsidade?
O reitor não responde a pergunta se conhece o senador Valdir Raupp.
Quando questionado sobre o que pretende fazer, ele responde: "Quanto a mim, vou entrar em um período de férias. (...) e volto sim, de cabeça erguida, porque não devo nada, para dar aula no meu laboratório, na universidade, no ano que vem." Volta se não for preso antes...

O tiro de misericórdia: "Pra mim, a Unir é melhor universidade do mundo."
90 imagens da UNIR aqui.

Anistia Internacional de olho

 Exmo. Senhor
                                       Estevão Rafael Fernandes

                                       Lisboa, 25 de Novembro de 2011


     Exmo. Sr.,


A  Amnistia  Internacional  vem  por  este  meio  acusar  a recepção da sua
comunicação,  e  comunicar-lhe  que  contactámos o investigador da Amnistia
para o Brasil, que nos transmitiu que já tem conhecimento da situação e que
o irá contactar a esse respeito.
De  qualquer  forma,  se tivermos conhecimento de novos desenvolvimentos no
que respeita à sua situação, entraremos em contacto consigo.

Esperamos sinceramente que encontre a melhor solução para esta situação.


Com os melhores cumprimentos,


Inês Oliveira

AI Portugal

Vi o Mundo

Acessem Vi o Mundo.

Simples assim

Maciel informa:

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lembrando: eleições amanhã

1. Carlos Luis F. da Silva
2. Geraldo Luiz Francisco da Silva
3. João Gilberto de Souza Ribeiro
4. Elizabeth A. L. Martines
5. Lúcia Rejane Gomes da Silva
6. Marilsa Miranda de Souza
7. Paulo de Tarso Carvalho de Oliveira
8. Petrus Luiz de Luna Pequeno
9. Raitany Costa Almeida
10. Valdir Aparecido de Souza

Estudantes da USP comemoram a queda do Januário

Intervenção na Unir é repudiada: movimento grevista continua

Por Paulo Ayres

Apesar da renúncia do professor doutor José Januário de Oliveira do Amaral do cargo de reitor da Fundação Universidade Federal de Rondônia – Unir, o movimento grevista (professores e acadêmicos) continua, até que haja uma definição concreta do Ministério da Educação, quanto a designação da atual vice-reitora da instituição, para dirigir os trabalhos iniciais de reconstrução da universidade.

De acordo com o professor Adilson Siqueira, do comando de greve dos docentes da Unir, a categoria aprovou em assembleia duas questões estratégicas: “A primeira é não aceitar em hipótese alguma uma eventual intervenção do Mec. A segunda, se refere a designação da atual vice-reitora para ocupar interinamente a direção da Unir, período então que se convocará nova eleição para o cargo”.

A vice-reitora da Unir é a professora doutora Maria Cristina Victorino de França. Ela possui graduação em Letras pela Universidade do Sagrado Coração (USC – 1981), em Bauru-SP, mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC - 1993) e doutorado pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR – 2002). Ela atua na área de Letras e Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: Língua Portuguesa, Formação de Professores, Alfabetização, Línguas Indígenas, Fonética, Fonologia e Morfologia.

Ainda de acordo com o professor Adilson Siqueira, o movimento grevista exige a adoção das medidas necessárias por parte do Ministério da Educação no sentido de que toda a atual cúpula da Unir (pró-reitorias) seja imediatamente destituída. O comando de greve dos docentes da Unir concederá entrevista à imprensa nesta sexta-feira (25.11) às 16h no campus Paulo Freire (Br-364).

ELEIÇÃO DE CONSELHEIROS

Acontece nesta sexta-feira nos campi da Unir em todo o Estado, a eleição de dez professores para comporem o Conselho Superior Acadêmico – Consea, da Fundação Universidade Federal de Rondônia, completando desta forma a composição formal do colegiado da Unir. O Consea juntamente com o Conselho Superior de Administração forma o Conselho Universitário, órgão máximo deliberativo da instituição.

O professor Edilson Lôbo do Departamento de Economia e membro do Comando de Greve dos Docentes da Unir, destaca a importância da eleição dos novos membros do Consea: “Todo o esforço possível nessa sexta-feira será em torno das eleições para o Consea. Temos uma responsabilidade imensa pela frente. Trabalhar na perspectiva de elegermos os dez nomes constantes do nosso campo de luta. É necessário contarmos com pessoas comprometidas com as causas da universidade e que não sejam subjugadas a interesses meramente de grupos”.

Notícia publicada também pelO Rondoniense.

A greve não acabou

Enquanto a renúncia de José Januário de Oliveira Amaral não for publicada no Diário Oficial e enquanto a vice-reitora não assumir o cargo, não saímos da greve.

Somos completamente contrários à ideia de um interventor na UNIR, já que contamos com a vice.

O calendário será discutido somente depois do fim da greve, sendo que será constituída uma comissão composta por representes de núcleos e estudantes para encaminhar o novo calendário.

Ótima matéria na Folha sobre os desdobramentos da renúncia do reitor aqui.

Outra matéria sobre a continuação da greve no Diário da Amazônia.

Outra ainda nO Rondoniense.
Foto: Mario Venere

Reitor da Unir lidera organização criminosa, afirma promotor


Leia matéria na revista Veja

Januário Amaral renunciou na quarta-feira, em meio a escândalo de corrupção. Enquanto ele desviava dinheiro público, a universidade caía aos pedaços

Bruno Huberman
Amaral é alvo de dezenas de investigações do Ministério Público Federal (MPF) e do MPE. As denúncias dizem respeito a um esquema de desvio de verbas da Fundação Rio Madeira (Riomar), ligada à universidade por meio de convênios irregulares. Entre as acusações estão o uso de funcionários fantasmas, serviços superfaturados e contratos com empresas de fachada.“Toda organização criminosa tem um líder. E o líder, nesse caso, era o reitor”, diz o promotor do Ministério Público Estadual de Rondônia (MPE-RO) , Pedro Abi-Eçad, em referência ao reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Januário Amaral. O reitor apresentou na quarta-feira seu pedido de renúncia depois que veio à tona seu envolvimento em um esquema de corrupção. A saída de Amaral era a principal reivindicação de estudantes e professores da universidade, que estão em greve desde o dia 14 de setembro. Cerca de 200 alunos também ocupam a reitoria há mais de 40 dias.
Divulgação/Unir
Januário Amaral, reitor da Unir, renunciou
Januário Amaral, reitor da Unir, renunciou
Segundo Abi-Eçad, a fundação tinha, na teoria, o objetivo desburocratizar ações da universidade e angariar recursos. Serviu, no entanto, para facilitar o desvio de verbas. “Os diretores e funcionários da Riomar são todos amigos e parentes do reitor”, afirma o promotor. Atualmente, correm na Justiça de Rondônia seis processos movidos pelo MPE contra pessoas ligadas à Riomar e ao reitor. No entanto, ainda não foi ajuizada nenhuma denúncia contra Amaral - mas isso deve acontecer nos próximos dias, garante o promotor.
Entre as denúncias já acolhidas pela Justiça contra a Riomar está o desvio de verbas que deveriam ser usadas para a compra de marmita para os trabalhadores das construções das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, em Rondônia. O responsável pela fraude é Oscar Martins Silveira, diretor-presidente da fundação e amigo de Amaral.
No MPF, há dezesseis investigações em curso sobre a Unir. Entre elas, a de irregularidades na implantação de um hospital universitário que custou 4,2 milhões de reais, está pronto desde 2008, mas nunca foi inaugurado.
O reitor também é alvo de uma sindicância do Ministério da Educação (MEC). A auditoria foi determinada pelo ministro Fernando Haddad depois que professores e funcionários elaboraram um dossiê de 1.500 páginas que compila denúncias de corrupção levantadas pela Controladoria Geral da União (CGU), pelo MPE e pelo MPF. A comissão do MEC responsável pela investigação apresentará os resultados de seu trabalho até 5 de dezembro.
Ocupação – Os estudantes continuam a ocupação do prédio da reitoria da universidade, assim como a greve. Está convocada para esta quinta-feira uma assembleia para decidir os rumos do movimento. A principal pauta de reivindicação era a saída de Amaral do cargo. Mesmo assim, de acordo com a estudante de História e integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE)  Joyce Brandão, a mobilização continua até que a vice-reitora, Maria Ivonete Barbosa, assuma o posto. “Não queremos uma intervenção federal na nossa universidade”, afirma Joyce. “Queremos eleições diretas para reitor”.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse quarta-feira em Brasília que irá respeitar a vontade dos estudantes. Embora o prazo previsto para a realização do pleito seja de 60 dias, ele pode ser adiado devido às férias na universidade. "Nós vamos proceder exatamente como procedemos em ocasiões similares: respeitando a autonomia universitária, mas colocando o direito à educação à frente", disse o ministro. O reitor apresentou pessoalmente a Haddad sua carta de renúncia, nesta quarta, em Brasília. 
Infraestrutura precária – Chama a atenção o estado de abandono em que se encontra o câmpus da Unir, após doze anos de gestão de Januário Amaral. Um laudo do Corpo de Bombeiros concluído em 21 de outubro e solicitado pelos grevistas detectou 25 irregularidades nos prédios da instituição. As fotos da vistoria mostram goteiras inundando os pavilhões, infiltrações com alagamento de salas de aulas e instalações elétricas em locais impróprios e perigosos.
O professor Carlos Ferreira, do Departamento de Informática da Unir, lembra do acordo firmado entre o reitor e o MPE, em 2008, após uma greve de professores. Na época, Amaral comprometeu-se a melhorar as instalações do câmpus. Nada foi feito. O número de alunos passou de 6 mil em 2006 para 11 mil em 2011. O orçamento da universidade neste ano é de 120 milhões de reais, enquanto o do ano passado foi de 118 milhões de reais. Atualmente, em todos os campi da Unir, há 46 obras paralisadas. “Foi abrindo curso e entrando aluno, mas a condição material da universidade foi piorando cada vez mais”, diz o professor.
Ameaças de morte – Os dias que antecederam a queda do reitor foram de extrema tensão, segundo professores e estudantes da universidade. Na quarta-feira da semana passada, foi deixado no câmpus um bilhete dizendo que certos alunos e professores logos estariam “descendo na enchente do rio”. A expressão é uma referência à prática de se desovar cadáveres nos rios da região. “Tivemos de mudar nossos trajetos e começar a andar em grupos”, conta o professor Carlos Ferreira.
Para o professor Estevão Fernandes, um dos ameaçados de morte, um "vazio institucional na Amazônia" permite que situações como essa aconteçam. "Esse vazio institucional torna possível a corrupção, os desvios de verbas, as ameaças de morte”, diz Fernandes.  
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Unir não atendeu aos telefonemas nem retornou as ligações. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, o reitor Januário Amaral negou as acusações.